A pandemia da Covid-19 despertou um medo que até então, havia sido sentido pela última vez no início do século XX, quando o mundo foi assolado pelo vírus influenza, popularmente conhecido como gripe espanhola. Naquela ocasião, cerca de 50 milhões de vidas foram ceifadas em decorrência da doença.
De 1918 até os dias atuais, os avanços tecnológicos e na medicina tornaram possíveis a descoberta de várias formas de tratamento para inúmeras doenças, inclusive a cura para algumas delas, e isso só foi possível graças ao desenvolvimento de vacinas.
Hoje, com urgência causada pela Covid-19, o desafio enfrentado pela maioria dos países, já não é mais o tempo utilizado na produção das vacinas, mas sim, a distribuição desse produto para toda a população. Vale lembrar que a pandemia da Covid-19 estimulou os países a correrem contra o tempo. As vacinas que em média levam 10 anos para ficarem prontas, deveriam estar prontas em menos de 1 ano.
Enquanto as maiores potências do mundo correm para vacinar suas populações, no Brasil a situação está longe de ser confortável. Apesar de haver uma expectativa pela liberação de mais vacinas, o país conta atualmente apenas com duas vacinas que estão sendo utilizadas para a imunização da população em geral: Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan e a Oxford/Astrazeneca, de responsabilidade da Fiocruz.
A vacina brasileira: ButanVac
Apesar de o Brasil já estar produzindo a vacina coronavac, mesmo que dependendo do envio de insumos por meio da China, há uma expectativa para a produção de uma vacina brasileira - A ButanVac.
Como já informado pelo governo do estado de São Paulo, o Instituto Butantan ficará responsável pelos estudos e desenvolvimento dessa nova vacina.
A vantagem da produção da ButanVac, é a possibilidade de uma produção integral, ou seja, o Instituto Butantan não dependerá da importação de nenhum material necessário para o desenvolvimento do produto. Sendo assim, isso possibilitará um avanço considerável da vacinação no Brasil.
Quando a ButanVac estará disponível?
O Instituto Butantan tem se mostrado bastante otimista quanto à disponibilidade da ButanVac.
Inicialmente, o instituto havia demonstrado o interesse em solicitar perante a Anvisa, o início dos testes clínicos ainda em Abril, porém, a Anvisa informou que a documentação enviada pelo instituto não apresentava as informações técnicas exigidas pelo órgão.
Como a ButanVac será produzida?
A produção da ButanVac já está em andamento. Apesar da pendência na documentação exigida pela Anvisa, o Instituto não está impedido de produzir a vacina.
A metodologia utilizada para a produção da ButanVac será a mesma já utilizada pelo instituto há mais de 20 anos - serão utilizados ovos de galinha.
Segundo o próprio Instituto Butantan, além da metodologia já utilizada há anos na produção de vacinas, a ButanVac também usará a mesma plataforma de produção e tecnologia da vacina da Influenza (gripe).
Qual a eficácia da ButanVac?
Como já mencionado, a produção da ButanVac não foi desautorizada por conta da pendência na documentação exigida, entretanto, os testes em humanos só deverão ser realizados a partir da liberação da Anvisa.
Além do mais, para produzir a ButanVac, o Butantan usa as mesmas técnicas utilizadas para produzir as vacinas da Jansen e da Oxford/Astrazeneca, que já são comprovadamente eficazes e seguras. E o próprio presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, já afirmou que a vacina será "superior" que a primeira geração de imunizantes contra o coronavírus.
A produção da ButanVac afetará a Coronavac?
A vacina Coronavac é atualmente a mais utilizada no país para a imunização, e muitas pessoas já tomaram a primeira dose do imunizada. Porém, a produção da ButanVac não irá comprometer a produção da Coronavac. Além disso, a ButanVac só será liberada após a aprovação da documentação pela Anvisa.
Portanto, a vacina ButanVac não irá atrasar a imunização de quem já recebeu outra vacina, mas irá se somar às outras vacinas disponíveis no combate ao coronavírus.
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